Fantasia científica: a mistura de fantasia e ficção científica

Existe um subgênero que se encaixa tanto da ficção científica quanto da fantasia e que fica exatamente no meio quando falamos de uso de ciência e de magia: a fantasia científica.

Cunhada no início do século XX, e explorada em obras de escritores como Robert E. Howard, Edgar Rice Burroughs e Marion Zimmer Bradley, o subgênero ainda é um mistério para muitos.

Como LoveStar, de Andri Snaer Magnason, se perde na ambientação

O que é a fantasia científica?

A fantasia científica é um subgênero único dentro da literatura fantástica.

Ela pertence tanto à fantasia quanto à ficção científica porque consegue utilizar elementos de magia e ciência dentro de uma mesma história.

Como esse subgênero acaba sendo um misto, a maior parte das definições de grandes portais se dá pela comparação.

Por exemplo, para a Wikipédia, o subgênero trabalha conceitos que nunca poderiam acontecer no mundo real. A página ainda diz que esse subgênero trabalha pobremente tanto a fantasia quanto a ficção científica.

Já a InfoEscola traz que o subgênero se aproveita da tecnologia para recontar algumas lendas e histórias de fantasia, trazendo um novo estilo.

Mas basicamente, a melhor definição de fantasia científica é o uso mesclado de ciência e magia na mesma história.

Quais são os elementos deste subgênero?

Dentro da literatura, existem algumas convenções quanto ao que faz um livro pertencer a um determinado gênero literário.

Por exemplo, um romance romântico precisa ter uma relação amorosa, uma narrativa policial precisa ter um crime, uma fantasia precisa ter magia e uma ficção científica precisa ter ciência e tecnologia.

No caso desse subgênero, os elementos formadores são tanto tecnológicos quanto mágicos. Ou seja, não um deles, mas os dois.

No gênero, podemos ter uma história que se passa em um outro planeta, mas o meio que o protagonista usa para chegar lá é um pingente mágico. Essa é a premissa de Uma Princesa de Marte, um clássico da fantasia científica.

Também temos Star Wars, uma space opera que envolve naves espaciais, mas que também apresenta pessoas que podem manipular a Força, uma espécie de magia. Temos também Duna, que tem um planeta alienígena, mas também uma substância que ajuda a prever o futuro.

Como podemos perceber, os elementos caracterizantes deste subgênero são uma mistura quase indistinguível entre magia e tecnologia. Sendo uma a força que impulsiona a outra.

Em quais subgêneros a fantasia científica se divide?

Por incrível que pareça, este subgênero também tem subgêneros (ou sub-subgêneros). Eles são três principais e são apenas distinguíveis um do outro, ou de outros subgêneros (e de outros gêneros também) por conta de detalhes. São eles:

  1. Fantasia científica transcendental: esse subgênero tem muita proximidade com a alta fantasia no sentido de que o mundo imaginado apresentado na história é um planeta e não um mundo imaginado. O exemplo pode ser A Espada de Shannara, que se passa no planeta Terra no futuro, mas a ambientação parece mais um mundo de alta fantasia.
  2. Space Opera: este é um subgênero compartilhado com a ficção científica apenas pelo detalhe de que algumas das obras deste subgênero contém, além das viagens espaciais, um toque de magia, como em Star Wars.
  3. Espada e planeta: muito parecido com o subgênero de espada e feitiçaria, porém no espada e planeta os personagens não estão em um mundo imaginado que remete à alta fantasia, mas em outro planeta. Uma Princesa de Marte se encaixa nesse subgênero.

Além destes, existem outros subgêneros, mas que não são tão expressivos.

Veja alguns livros de Fantasia Científica

Na lista abaixo, você encontra livros do subgênero que ainda não foram citados neste artigo:

A fantasia científica é um subgênero muito interessante. Ela mistura elementos da fantasia e da ficção científica para nos apresentar histórias envolventes e imaginativas.

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