O que é antimachismo? E como se aplica na escrita de livros?

Na busca pela igualdade de gênero, o antimachismo surge como uma forma de reforçar a luta do movimento das mulheres e desmantelar estruturas patriarcais enraizadas na sociedade. Mas o que significa ser antimachista? Não é a mesma coisa que ser feminista?

E o que esse conceito significa quando falamos da escrita de livros? É o que vamos falar neste artigo!

O antimachismo é um movimento que vai além da simples rejeição de estereótipos de gênero e dos esforços pela igualdade da mulher no ambiente social. Ele é uma luta ativa em favor da desconstrução das normas que perpetuam a desigualdade.

Ou seja, ser uma pessoa antimachista significa reconhecer a cultura machista e fazer o possível para combatê-la, não apenas em exposições superficiais no dia a dia, mas nas raízes de suas estruturas sociais.

Significa não só corrigir um colega de trabalho que faz uma piada machista, mas também lutar contra o sistema que fez com que aquela piada fosse proferida.

O antimachismo questiona a linguagem sexista, busca pela desconstrução dos papeis de gênero rígidos e desafia atitudes e estruturas que reforçam a desigualdade. Ser antimachista não é ter uma crença, mas tomar atitudes e agir constantemente.

Ser antimachista, então, é muito mais do que lutar individualmente para que uma mulher seja respeitada em um mundo machista.

Significa ter um compromisso com a mudança da sociedade e da cultura. Por isso, é importante se questionar sobre padrões estabelecidos e os motivos pelos quais eles foram estabelecidos.

Para resumir, o antimachismo é uma forma de abraçar a mentalidade de igualdade individual, mas também uma maneira de lutar contra um sistema de oprime a partir da perspectiva de gênero.

Quando falamos sobre ter essa perspectiva na escrita de livros, estamos falando sobre deixar para trás as visões preconceituosas de gênero escrever histórias enxergando as personagens femininas como pessoas complexas e que estão presentes nos mais diferentes lugares.

Por mais que tenhamos consciência de que é preciso escrever prezando pela igualdade de gênero, estamos inseridos em uma sociedade onde o machismo permeia muitos dos nossos comportamentos.

Essa influência se manifesta desde perspectivas equivocadas, tidas como senso comum, até escolhas estéticas. Na maioria das vezes, esse comportamento é inconsciente. Ou seja, muitos de nós não percebem que estão agindo de forma machista.

Contudo, mesmo quando inconsciente, esse preconceito pode se manifestar em nossas ações e, principalmente, naquilo que produzimos.

Ele aparece em livros com representações preconceituosas, descrições ofensivas em roteiros ou em narrativas que contribuem para a perpetuação de pensamentos ultrapassados sobre mulheres.

Por isso, a importância de ser antimachista na hora de escrever ficção.

Pensando nisso, eu escrevi o Guia de Escrita Antimachista, que reúne orientações e diretrizes para escrever histórias livres de preconceito de gênero. Nele, você encontra dicas de como identificar uma escrita machista e de como consertar esses preconceitos na trama.

É uma leitura para quem está buscando se desconstruir e ajudar na luta do antimachismo.

Como evitar o machismo ao escrever personagens femininas
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